segunda-feira, 27 de setembro de 2010

É melhor quem ganhar: Real ou Dólar?

Por Fabiano Correia

Se tem uma coisa que move o mundo é o câmbio. Países se relacionam economicamente [ou seja, majoritariamente] de acordo com as taxas cambiais de cada um.

Hoje, 27 de setembro de 2010, nosso Ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu uma declaração de que não vai deixar sobrar dólar na economia brasileira. Mas... O que não quer calar é: E DAÍ??

Essa preocupação por parte do governo pode ter algumas explicações e algumas delas, como o próprio disse, não poderão ser reveladas de imediato. Entretanto, de acordo com a proposta deste blog, vamos entender um pouco do porque disso.

Uma das grandes fontes de renda do nosso país - e de muitos outros, pra não dizer de todos - advém das exportações. Para se exportar qualquer mercadoria é preciso ter, além de qualidade no produto, um preço competitivo no mercado internacional. E é esse preço competitivo que está diretamente ligado às taxas cambiais.

Qualquer coisa feita aqui no Brasil possui um custo em reais, mas, quando vendida, em 98,9999999% das vezes, tem seu valor convertido em dólares. Assim sendo, o valor real do produto está diretamente ligado ao preço do real frente ao dólar. Se o real está valorizado, o dólar está valendo pouco aqui no Brasil, então é preciso uma quantia maior dele para se adquirir os nossos produtos. Com isso, um produto que custou a mesma coisa em um mês, no próximo, mesmo que não haja alterações internas de valor, se ocorrerem alterações cambiais, pode ficar mais caro no cenário externo - trazendo mais lucro ou, o que geralmente acontece, limitando a venda.

E o que precisa acontecer para que o real fique valorizado? A Lei da Oferta de da Procura é totalmente válida nesse caso. Se há uma demanda grande de dólar no mercado, seu preço irá cair, será preciso uma quantia menor de reais para comprá-lo, o real estará valorizado e as mercadorias aqui feitas, mais caras externamente.

Portanto, quando ouvimos do nosso Ministro que ele não pretende deixar dólares sobrando no mercado, uma das razões é essa: proteger os nossos produtores de perderem os seus 'clientes internacionais' para outros países que vendam mais barato.

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