quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Blocão, e agora?

Por Fabiano Correia

Enfim, a Dilma ganhou! Não vamos aqui dar este 'furo', vamos falar um pouco da forma como estamos acostumados.

Eleições vencidas, trabalho começando. Ou melhor, recomeçando. O PT terá nesse novo governo o conhecido político Michel Temer, do PMDB. Mais uma vez, viu-se esse grande partido pender para o lado daquele que parecia vitorioso, foi o que aconteceu. Contrariando algumas expectativas, o PSDB não foi o escolhido para receber o apoio em forma de vice-presidência. Mas, e daí? Será que isso representa realmente um apoio? Ou será que havia outras intenções?

Estamos em novembro, ainda falta mais de um mês para que a nova presidente do Brasil assuma o seu cargo no palácio do planalto e já temos uma marolinha à vista.

Ontem saiu na grande mídia um anúncio por parte do PMDB sobre a possível criação de um Blocão Político, envolvendo PP, PR, PTB e PSC - além do próprio Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Ou seja, sem o PT!

O nosso atual presidente Lula já saiu em defesa do seu partido, criticando e tentando desencorajar essa formação para o próximo governo. Em sua defesa ele alega que nos 4 anos que se seguirão, dever-se-á haver uma coesão maior entre a situação, para que reformas e projetos de governo possam ser discutidos e aprovados com maior facilidade.

Michel Temer, o próximo vice da república e presidente do PMDB, também já saiu falando que não é bem assim, que não existe nada fechado e que o mais importante é que PT e PMDB continuam firmes em sua parceria.

A verdade é que, se isso se confirmar, se o Blocão acontecer, mais de 200 depoutados estarão em uma frente, a qual não será da platforma diretamente do governo, mas também não será uma oposição tucana. É algo que preocupa os integrantes do Partido dos Trabalhos e que intriga a todos nós. Qual será a pretensão do PMDB, depois de - supreendentemente, ou não - apoiar o PT na corrida presidencial? E daí PT, o que será do terceiro mandato sem o mito Lula no comando?

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