quinta-feira, 21 de outubro de 2010

IOF estrangeiro

Por Letícia Paiva

O Brasil está em alta! A economia está crescendo, a dívida está sendo paga, o governo está fazendo bem o seu trabalho e os juros continuam, digamos, atraentes. Atraentes para os investidores, é claro. A taxa Selic em 10,75 porcento, mesmo sendo uma das mais baixas da história, continua atraindo olharem de pessoas com interesse em lucrar, pessoas estrangeiras.
Para que isso não se transforme em um pesadelo de uma hora para outra, o governo decidiu tomar uma atitude: aumentar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para investidores entrangeiros.
Mas, o que isso significa? Por que disso? Mas, e daí??
Acontece que o Brasil está crescendo rápido demais e alguns efeitos colaterais podem vir a acontecer. Um dos efeitos desse crescimento brasileiro tem sido, a já referida, baixa do dólar e todas as suas consequências [clique aqui e leia o post anterior]. Assim, diante disso, o governo teve que tomar atitudes que refreassem, ao menos um pouco, os investimentos estrangeiros, tirando alguns dólares do mercado e, de acordo com a Lei da Oferta e da Procura, torná-lo um pouco mais valioso internamente.
É por isso que, no último dia 04 de outubro, o IOF dobrou de valor, passou de 2 para 4% sobre todas as transações realizadas por estrangeiros em solo brasileiro. Cerca de quinze dias depois, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou novo reajuste da taxa: mais dois porcento, sendo agora de 6% nas operações financeiras.
O resultado veio. No primeiro diz de transações, a moeda americana atingiu seu maior índice desde junho deste ano. Entretanto, ainda é discutível o seu efeito a longo prazo. Para alguns economistas, a real desvalorização do real só acontecerá depois de ajustes fiscais e cortes de gastos internos no país - Robson Gonçalves é adepto dessa teoria.
Vamos observar o que continuará acontecendo em nosso país, sempre analisando as consequências e tentando entender... mas, e daí??

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