quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O legado das Copas

A Copa do Mundo acabou, mas como o Brasil será a sede dos próximos jogos (em 2014) este assunto ainda estará em pauta por muito tempo. Olhando para este evento com o olhar responsabilidade social me pergunto: O que de bom um evento com tamanhas proporções pode deixar para o país que foi sua sede?

A África do Sul, país-sede da última Copa, é um país em desenvolvimento que possui alta taxa de desemprego. Para sediar a Copa 2010 foi investido milhões e milhões de dólares. Aí você se pergunta e daí?

E daí que o dinheiro investido nesses eventos poderia estar sendo usados na construção de hospitais, escolas, centros de esportes, lazer e cultura, entre diversos outros benefícios a população. Mas, se ao final do evento as instalações construídas estiverem sendo aproveitadas para incentivo ao esporte, ao lazer, se os lucros que este evento dá se reverter em benefícios para a educação, saúde e melhor qualidade de vida, se este evento trouxer empregos e movimentar a economia isso já significará benefícios para o país.

Outro ponto é que um acontecimento das proporções de uma Copa do Mundo movimenta uma quantidade bilionária de dinheiro. É por isso que se torna imprescindível a gestão responsável e sustentável destes gastos.

O Brasil segue a passos largos nos projetos para as cidades que sediarão a Copa em 2014. Novos estádios, hotéis, hospitais e toda uma nova estrutura e reforma dos já existentes estão sendo planejados e discutidos quase que diariamente. No entanto pouco se pensa nas questões sustentáveis de se conduzir um projeto tão significativo.

É de extrema importância que se pense em instalações que poderão ser reaproveitadas para benefício da população após o encerramento dos jogos. Também se faz necessário uma atenção especial para que os projetos sejam sustentáveis e não causem problemas as populações e ao meio ambiente.

Afinal, uma copa do mundo não é constituída apenas dos dias que se passam entre o evento de abertura e a entrega da taça em que os jogos acontecem.

Por Letícia Paiva

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