quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Lula e o Quarto Poder

Por Larissa Abdalla

Reta final das Eleições Presidenciais. O assunto do momento, ao invés de rodar pela imprensa, agora gira em torno dela mesma. O Presidente Lula resolveu soltar o verbo e opinar livremente sobre os veículos comunicacionais brasileiros.

Nada mais justo, em um país com liberdade de expressão,no qual a grande maioria possui orkuts, facebooks, twitters e coloca seu ponto de vista, além das revistas e jornais que circulam por aí, qual o problema do Presidente palpitar?

Tudo bem que o palpite dele já é explícito em alguns lugares, bem visado e afirmado. Mas não vejo problema algum em Lula criticar diretamente, com gestos e levantando a voz, os conglomerados de comunicação do Brasil.

Lula disse que a imprensa deveria tomar partido e assumir o seu candidato logo. Em entrevista para o portal Terra.

Dias antes, Lula já havia se alterado ao falar da mídia, na inauguração de mais um trecho da ferrovia-norte-sul em TO.

Foi criticado por Geraldo Alckmin e a imprensa agora publica o exagero de que Lula declara guerra. E daí? Se a imprensa quer mesmo ser livre, deve e pode ser criticada. Guerra é ser censurada ou ameaçada pelo governo.
O Presidente nada falou de absurdo, vemos todos os dias os jornais levantarem suas vozes ideológicas, a revista de maior tiragem do país chega a gritar o ódio pelo PT, até mesmo a revista Brasil, comandada pelo PT, é explícita ao defender sua posição a favor de Dilma. Está na cara do brasileiro, que a neutralidade tem passado longe dos veículos do nosso país. Por que não assumir de uma vez?

Além do mais, como fala Venício Lima no Observatório da Imprensa , com o caminho que a notícia está seguindo hoje, dentro da internet e da livre publicação de idéias, os jornais não podem mais , apenas vender notícias. É preciso vender opiniões, ideologias, consequentemente, a sua posição diante da política.

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